TV. A RTP pode vir a ter a sua própria rede de Televisão Digital Terrestre (TDT), que atualmente é assegurada pela Portugal Telecom (PT).
De acordo com a Comissão de Trabalhadores (CT) da estação pública e um estudo académico da Universidade do Minho, de Sérgio Denicoli e de Mariana Lameiras, “a RTP possuiu uma rede de transmissores que foi construída para a rádio digital terrestre que pode ser adaptada” lê-se no documento a que o DN teve acesso. Uma rede T-DAB que, segundo garante a CT no mesmo estudo, possui capacidades para receber sinais via satélite e retransmiti-los”.
Nem o professor nem a CT precisam qual o volume de custos envolvidos nesta alteração mas adiantam que esta solução não acarreta mais custos para os lares com TDT. “Vão ser precisos estudos mais aprofundados. A adaptação não é muito onerosa porque a parte mais cara está feita, ou seja, a estrutura da rede está toda montada. Basta transformar um passivo em ativo e, cm poucos anos, a RTP pode deixar de gastar com o transporte de sinal o que atualmente paga afirma Sérgio Denicoli.
Recorde-se que o presidente da RTP Alberto da Ponte, declarou em Comissão Parlamentar de Ética, em julho, que seria muito bom limitar o custo” da TDT, cujo montante estava acima dos seis milhões de euros anuais, “Os indica dores dizem-nos que não é necessário um grande investimento afirma Camilo Azevedo, porta voz da CT, que afirma que “o valor é amortizável em poucos anos”
Um engenheiro eletrotécnico especialista em TDT garantiu ao DN que “a adaptação da rede pode custar em torno de dez milhões de euros porque mais de 80% dos custos estão pagos”. A cobertura da rede, lê-se no documento, chegou, “em períodos de teste a 72% do território e a 74% da população. Um valor que explica o mesmo engenheiro que pediu anonimato, “pode ultrapassar os 80% do território com a multifrequência”.
De acordo como estudo, que o porta-voz da CT disse ter já enviado ao ministro-adjunto e do Desenvolvimento regional, Miguel Polares Maduro, e a adaptação da rede T-DAB pode ser feita em três cenários. Numa primeira possibilidade transformar a rede T-DAB em rede TDT. Um investimento que “seria reduzido perante a economia que a RTP alcançaria ao não ter de pagar a terceiros.
Num segundo cenário, seria possível adaptar a rede para as transmissões multimédia, incluindo telemóveis, tablets, portáteis e auto-rádios. Os custos da adaptação são quase nulos, lê-se. O terceiro cenário sena um hibrido das duas soluções anteriores com possibilidade de haver serviços interativos. Entre eles “a possibilidade de serviços de telebanco, sendo que cada instituição interessada em utilizar a tecnologia seria um potencial cliente para a RTP” descreve o documento.
DNoticias
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